Procure ajuda, enfrente os seus medos

Essa experiência relatada fez parte do meu curso de formação em Hipnose Ericksoniana com uma carga horária de 160 horas. Curtam essa metáfora maravilhosa que foi tema da minha dissertação final.

Era uma vez um viajante que decidiu embarcar em uma aventura rumo a Miami, uma cidade vibrante e cheia de vida. Ao chegar, ele se encantou com as praias de areia branca, o azul profundo do oceano e a arquitetura colorida que dançava sob o sol radiante. No entanto, à medida que caminhava pelas movimentadas ruas, ele começou a sentir o peso das críticas que ecoavam em sua mente, como se fossem ondas quebrando suavemente na costa.

Certa noite, enquanto observava as luzes que piscavam ao longo da Ocean Drive*, o viajante se sentou num banco e contemplou a cidade ao seu redor. O movimento frenético, as vozes animadas e os sorrisos das pessoas refletiam a beleza da vida, mas, de repente, aquelas críticas invadiram sua mente como nuvens escuras. Ele percebeu que cada pressão, cada palavra negativa, criava pequenas ondas de insegurança em seus pensamentos.


Porém, em vez de se deixar abater, o viajante decidiu fazer um passeio pela praia. Os pés descalços na areia quente o trouxeram de volta ao presente, e ele observou o pôr do sol que tingia o céu com tons dourados e laranjas. Enquanto contemplava a cena, uma ideia surgiu: as críticas eram como as mudanças nas marés. Elas podiam incomodar, mas também podiam ensinar algo. Ele se lembrou de que, assim como o sol sempre renascia a cada dia, ele também poderia se fortalecer com essas experiências.


Determinando-se a desapegar das vozes do passado, o viajante decidiu dar um mergulho no oceano. A água fresca e salgada o acolheu, lavando as preocupações e as críticas, enquanto ele nadava livre e leve. A cada braçada, sentia a força do mar lhe mostrando que as turbulências eram passageiras. Ele começou a ver as críticas como as ondas que vinham e iam, podendo mesmo oferecer um pouco de adrenalina e aprendizado quando enfrentadas.


Saindo da água, o viajante se sentiu renovado. Olhando ao redor, percebeu que as palmeiras balançavam suavemente ao vento, e o ambiente pulsava com energia positiva. As críticas, assim como as brisas, eram parte da experiência, mas não deveriam definir quem ele era. Ele aprendeu a acolher cada opinião como uma onda que passava, permitindo que a serenidade voltasse à sua mente.


Com um coração leve e uma nova perspectiva, o viajante continuou sua jornada por Miami, aproveitando cada momento, dançando entre a alegria e as dificuldades. Ele entendeu que, mesmo nas vozes que o rodeavam, havia um espaço de beleza e crescimento, e que cada crítica poderia ser uma oportunidade para emergir ainda mais forte e mais confiante. E assim, ele seguiu explorando essa cidade repleta de cores, abraçando cada dia com o espírito aberto, transformando cada experiência em um passo em direção ao autoconhecimento.


Ao ouvir a história do viajante, uma onda de emoções tomou conta de mim. Senti uma mistura de identificação e esperança, como se cada palavra ressoasse com as minhas próprias experiências. Como ele, eu também costumava me deixar levar pelas críticas e pelas inseguranças que surgiam em minha mente, como marés que frequentemente invadem a praia e rearranjam a areia. 


Quando o viajante decidiu contemplar o pôr do sol, percebi que, muitas vezes, eu me deixo envolver pela escuridão das minhas preocupações, esquecendo a beleza que está ao meu redor. Ao visualizar a cena que ele descreveu, com o céu se transformando em uma paleta de cores quentes, senti um alívio. Era como se, naquele momento, eu pudesse ver que também havia luz na minha vida, mesmo nas horas mais sombrias. As cores no céu me lembraram que, mesmo em tempos de crise, sempre há um novo dia surgindo, e que eu posso encontrar maneiras de me reconstruir. 


Quando ele se despediu das críticas e se permitiu mergulhar no oceano, algo dentro de mim despertou. A água, aquela imensidão que não hesita em lavar as preocupações, me fez refletir sobre a importância de me livrar das opiniões alheias, de me permitir ser livre e leve. A imagem de cada braçada no mar se tornou um símbolo de libertação – e ali, eu percebi que as inseguranças que sentira são, na verdade, ondas que também podem ser enfrentadas. Essa visualização começou a ressignificar minhas crenças limitantes, mostrando que eu não precisava ser refém das vozes negativas, mas sim alguém capaz de surfar sobre elas.


Ao final da história, ao ver o viajante iluminar-se com uma nova perspectiva, senti um impulso de transformação. Ele me lembrou que cada pessoa, cada crítica, é uma parte do aprendizado e que, assim como ele, eu também posso acolher as opiniões alheias sem permitir que elas definam minha essência. Eu me comprometi a olhar as críticas com um olhar diferente a partir daquele momento, entendendo que cada uma delas pode ser uma oportunidade de crescimento.


Com essa nova visão, meu coração se encheu de gratidão pela jornada que estou vivenciando. A vida, como a praia, tem suas ondas e suas tranquilidades, e a maneira como eu escolho navegar por elas irá impactar meu bem-estar e meu autoconhecimento. E assim, saí da experiência com a certeza de que posso continuar dançando entre as alegrias e desafios da vida, sempre em busca da luz que habita dentro de mim.


Compartilhe esse texto até ele chegar a alguém que esteja precisando de ajuda e você foi a fonte de sua esperança.

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*A Ocean Drive é uma das ruas mais famosas e badaladas de Miami Beach, na Flórida, conhecida por sua arquitetura Art Déco, vida noturna e agitação. É uma orla marítima com praias, bares, restaurantes, clubes, hotéis, e um calçadão para caminhar

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